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Modernismo de meados do século manteve o estilo "It" em todo o mundo por mais de uma década, surgindo em todos os lugares, desde saguões de hotéis até Hack de móveis IKEA blogs. Na verdade, talvez se tenha tornado tão popular, tão onipresente, que pode até ser considerado (ouso dizer?) Mundano. Ou seja, é mundano até que você descubra a visão brasileira do design de meados do século.
Enquanto os Estados Unidos e a Europa certamente tiveram seu quinhão de designs revolucionários de meados do século por grandes como Charles e Ray Eames, Eero Saarinen, Arne Jacobsen, Jean Prouvé e Gio Ponti, as contribuições do Brasil para o movimento do design global foram amplamente esquecidas por estudiosos e colecionadores. Há algumas exceções, é claro: Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi e Roberto Burle Marx, entre eles. Mas, embora os arquitetos tenham alcançado algum nível de reconhecimento mundial - pelo menos dentro das esferas do design - designers de móveis como Sergio Rodrigues e Joaquim Tenreiro dificilmente são nomes conhecidos (especialmente em comparação com os Eameses e Saarinens do mundo). Veja por que isso deve mudar.
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Mas primeiro: como surgiu o estilo? Bem, como muitos estilos de design, modernismo brasileiro. tem raízes políticas e culturais complexas. Após séculos de colonial governo pelas potências ocidentais, o Brasil declarou sua independência de Portugal em 1822, embora a turbulência política de ditaduras a golpes continuasse por mais de um século. Enquanto o período de meados do século ainda era tumultuado, os brasileiros estavam determinados a forjar uma identidade enraizada no progresso, um objetivo que ressoou com a estética moderna e filosofias arrebatadoras o Globo.
Os designers brasileiros viajaram o mundo levando consigo uma inspiração que não só se enredou neste novo nacionalismo, mas também o alimentou. No final das contas, o modernismo brasileiro culminaria na nova capital, Brasília - uma cidade futurista que encarna os ideais progressistas projetados por Lúcia Costo, Niemeyer e Marx.
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Em termos de forma, o modernismo brasileiro é bastante paralelo aos estilos americano e europeu, com foco na funcionalidade por meio de silhuetas simples que combinam formas geométricas e orgânicas. Mas, quando se tratava de materiais, o modernismo brasileiro era literalmente um mundo à parte.
“Nos anos 50, materiais como plástico, inox [aço inoxidável] e fibra de vidro não existiam no Brasil, então designers usou madeira e materiais locais como cana, couro e vime ”, diz Isabela Milagre, fundadora e curadora da galeria Móveis Bossa, que se especializou em peças brasileiras da metade do século e contemporâneas. Esses materiais naturais conferem uma sensação mais rica e sensual ao design brasileiro em comparação com seus equivalentes ocidentais, onde os designers costumam fazer experiências com os artificiais.
Aumentando essa vibração estava a qualidade artesanal da maioria dos móveis brasileiros da época. “A falta de industrialização e tecnologia de fabricação manteve o artesão da produção de móveis até por volta de 1966 a 1968”, diz Milagre. “Peças esculpidas e juntas tradicionais são detalhes encantadores que podem ser encontrados em designs de meados do século.”
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Assim como o movimento do design teve suas origens na política, em última análise também teve seu fim nelas. Durante a ditadura militar dos anos 1960 até os anos 1980, as exportações de móveis foram proibidas, impedindo o modernismo brasileiro de atingir o cenário global. (Ainda hoje, nem todos os móveis brasileiros podem sair do país - há restrições à exportação de certos materiais naturais, incluindo jacarandá.) Além disso, havia uma grave falta de bolsa de estudos sobre o movimento, mantendo-o fora do mundo acadêmico, também.
Mas tudo isso está mudando. “Há cerca de dez anos esse movimento começou a ser investigado e catalogado”, diz Milagre, que destaca que hoje existe um público muito mais amplo interessado no design brasileiro de meados do século. “Essa valorização internacional está relacionada aos mais recentes livros, exposições e peças essenciais apresentadas em feiras de design de arte.”
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